SÃO PAULO,
10
Agosto
2018
|
15:00
Europe/Amsterdam

Novos dados para análise de concessão de crédito podem ajudar economia

Por Claudio Pasqualin, diretor de produtos e desenvolvimento de negócios da TransUnion

Pela primeira vez na história, o Brasil registrou um maior saldo de crédito para pessoas físicas do que para jurídicas em dezembro de 2016 e janeiro de 2017, efeito direto da crise econômica que vem assolando o país nos últimos anos. O saldo às empresas vem reduzindo em função de menor apetite por risco por parte dos bancos e pelo baixo nível de atividade econômica. O aumento do desemprego e, consequentemente, do endividamento, fez com que o volume de crédito às famílias crescesse inclusive para investir em atividades que pudessem gerar renda – este cenário fez com que o volume de trabalhadores informais no país chegasse a 10 milhões em 2016, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Mesmo que o Banco Central tenha registrado queda na taxa de juros cobradas nas operações de crédito e estabilidade na inadimplência, com 3,9% em março e abril deste ano, as instituições financeiras mantêm o aperto no cinto na liberação de crédito. Com um número expressivo de pessoas que precisam de auxílio para quitar dívidas e voltar a consumir e instituições que precisam de garantias para voltar a liberar valores, como chegar ao denominador comum do bom pagador?

Atualmente, as organizações do setor financeiro e de seguros buscam utilizar com mais frequência dois tipos de dados para a tomada de decisão na hora de conceder crédito ou analisar uma apólice: informações internas sobre os clientes e as avaliações de bureaus de crédito, que proporcionam apenas o histórico do mau pagador para chegar a um denominador que reflita a situação de crédito do indivíduo - o chamado score.

O mercado já oferece, porém, uma terceira possibilidade, ainda pouco explorada, que traz uma forma mais inteligente de “abrir as portas” para a oferta de crédito para consumidores e empresas: a utilização de dados alternativos na análise do perfil. Por utilizar variadas fontes públicas e privadas para entender comportamentos do cliente, as avaliações de dados alternativos permitem que os credores possam considerar um universo mais amplo de informações em suas análises. Em alguns casos, a avaliação de um consumidor não deve ser definido exclusivamente por uma conta não paga. Por isso, ter uma maior gama de detalhes permite à empresa entender o que realmente importa naquele momento.

Esta é uma forma do mercado se adequar às necessidades atuais. Ainda que, para os bancos, o momento atual não seja o mais interessante para conceder crédito e correr riscos, em função das incertezas econômicas, se adaptar a esta realidade será importante para melhorar decisões em qualquer cenário econômico. O mesmo se aplica aos varejistas e às empresas de telecomunicações, já que usar dados alternativos permite melhores decisões para que o crédito seja bem concedido, ampliando a oferta para novos públicos e aumentando as vendas. Isto se torna ainda mais relevante quando estas empresas buscam negócios com segmentos da população menos expostos ao crédito, como os jovens e as famílias emergentes.

Entre as seguradoras, a necessidade destes dados também se faz presente, pois sua captação e uso ajudam a melhor a avaliação de riscos e a adequada precificação de apólices de seguros no momento de cotação, fundamental para ser competitivo neste segmento e conquistar clientes. Em todos estes casos, a maior eficiência nestes setores levam a melhor desempenho econômico e empresas mais preparadas para quando a economia voltar a crescer.

Claudio Pasqualin é Diretor do ISG - Grupo de Soluções Inovadoras da TransUnion Brasil. Formado em economia pela Universidade de São Paulo, iniciou sua carreira com atuação em grandes empresas, como a Nestlé. Ao longo de sua trajetória profissional, se especializou na indústria de gerenciamento de risco para crédito. O executivo atua na TransUnion desde sua chegada ao Brasil, com a aquisição do Crivo, na qual desenvolve suas especialidades como consultoria estratégica, início de negócios, due diligence e aquisições.

Sobre a TransUnion

A informação é poderosa. E a TransUnion reconhece sua importância, desenvolvendo e oferecendo ao mercado soluções de informação de maneira inovadora. Por trás de cada dado, consegue encontrar histórias únicas, além de tendências e ideias exclusivas. A TransUnion impacta o desenvolvimento de economias e ajuda a melhorar a qualidade de vida das pessoas, viabilizando o acesso a bens e serviços, por meio de soluções para a tomada de decisão no relacionamento das organizações com seus clientes e parceiros. A empresa possui um portfólio de soluções sólido. Fundada em 1968, opera internacionalmente há mais de 30 anos, chegando ao Brasil em 2011. Suas ofertas auxiliam na prospecção de novos clientes, tomada de decisão no processo de concessão de crédito, risco, cobrança, cross selling e prevenção à fraude, atendendo centenas de clientes nos segmentos de serviços financeiros, seguros, telecomunicações, varejo e cobrança. Presente em mais de 30 países, a TransUnion estimula a inovação e apoia comunidades com base em informações e dados alternativos. Nós chamamos isso de Informações para o Bem. Visite http://www.transunion.com.br para saber mais.

“Ajudamos a melhorar a qualidade de vida das pessoas”. Esse é o PROPÓSITO da TransUnion